Cartas
Como sempre tão tímido,
Não elogiei seu cabelo,
Seu lugar, sua janela, sua vitrola,
Suas roupas, sua coragem, sua história,
Seus olhos, teu cheiro.
Daquela noite de chuva,
Das nossas cicatrizes expostas,
Discutidas e compartilhadas,
De um par de risadas,
De Paulo Coelho.
De um carnaval,
Que quase não resistiu,
Ficaram os sorrisos prévios,
Aquela noite e manhã preguiçosas,
Um momento único, que existiu.
Cassio
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