Hoje!

Há sempre uma sina, uma sede,

Um sinal, um símbolo, um sentimento marginal.

A cor do piso da sede, o prato que te dá sede,

O fato que segue, a seca que enrijece.

O humor que testa, a testa que tosta,

A mente que esquece, o pulso que estressa,

A boca que expressa, o olhar que esconde, a fome indigesta.

Pressa, prece, prensa, posse, pose, pois, não.

Há nos traços os tratos, há nos fatos os laços,

Há em nós, os nós,

De marinheiro, de corpo inteiro, da garganta.

Há um ponto único, comum, pessoal, justo, literal,

Nota que fermata alheia ao céu ou paraíso astral.

Absolutas certezas temporárias,

Verdades imaginárias,

Efêmeras belezas,

Fendas.

No tato, no toque,

Enrosque, enseje, encoste,

Em vezes, deleite, deseje, derreta.

Vá, veja, beba, beije, seja!

Cassio






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